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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Estética do Absurdo




Estética do absurdo.
(Jeanine Rolim)

Ontem soube de mais uma pessoa que perdeu a vida em meio a uma cirurgia estética. Procuro não ser radical em nenhuma questão da vida, mas confesso que essa é uma daquelas que me aflora a mais visceral indignação. 

A tormenta que nos acomete diariamente nas propagandas de Tv, nas páginas de revistas , sites e redes sociais faz com que nos sintamos sempre aquém do que  verdadeiramente somos, menos do que sonhamos e tudo mais de menos que alguém possa sentir.

Gorda demais, baixa demais, alta demais, bochechuda demais, cabelo crespo (ou liso) demais, seio pequeno demais e por aí vai. Em 30 segundos vamos de um estágio de normalidade psíquica à insanidade da estética do absurdo. Nada mais está bom. Precisamos mudar!

Há pouco, pra fechar o dia, li um post de um renomado jornal brasileiro no qual a foto do ator Reinaldo Gianecchini tinha como legenda a seguinte frase “Gianecchini exibe o novo visual após a quimioterapia. Aprovam?”  Seria eu a única indignada com a manipulação midiática e seu bullying coletivo ou isso é realmente desprezível?? O cara supera um câncer, está ainda em tratamento e os veículos de comunicação nacional gastam seu espaço e tempo para perguntar se ele está “gato”?! Algum ser humano desse planeta insignificante tem que aprovar? E cá entre nós,  confesso que na minha opinião ele está ainda mais lindo com aqueles cabelinhos grisalhos, mas o que importa isso diante do milagre da vida, do desafio de seguir respirando a cada manhã, da esperança em prosseguir? Meu Deus, temos colocado por prioridade o formato dessa massa perecível que carregamos entre nossos ossos que ao pó retornará... É isso mesmo?? Quanta tolice!!

A pessoa que morreu era uma jovem que tentava reduzir o peso antes de uma primeira gestação, recém-casada, bonita, cheia de vida. Fácil julgá-la, difícil mesmo é pararmos de aceitar a “idiotização” coletiva transmitida em canais abertos e fechados. 

Popozudas das coxas mais duras que  mármore, seios mais inflados que balão de festa infantil, “bocas de bagre” e rostos engessados que nunca deixam claro estar rindo ou chorando. Todo mundo igual, padronizado, “coisificado”. Até quando acharemos isso normal??

Há um ditado indiano que diz: “Ao final da partida de xadrez o rei e o peão vão para a mesma caixa”, a questão é como viveram durante “a partida”, o que lhes foi mais importante. Vale refletir, não?

terça-feira, 20 de março de 2012

Desinteressa social

Quando pensamos em uma megalópole como a cidade de São Paulo, logo falamos sobre seu terrível trânsito, seus assaltos ou crimes. Só quem vive nessa cidade envolvente pode se alegrar com seus parques no domingo e sua jornada de duas horas para chegar em casa depois de um dia de trabalho.
São Paulo, reduto histórico e cultural. Mera paulista que sou, aprendi a viver e amar essa peculiar cidade; onde posso achar uma padaria aberta às três horas da manhã... É assim minha São Paulo.
Mas, eu lhe pergunto caro leitor, como é possível, em meio a maior cidade do país, podermos ser mais do que um mero habitante, mais do que um indivíduo em meio a tantos?
Lembro-me de uma senhora que conheci, filha de imigrantes italianos, nasceu, cresceu e viveu em São Paulo. Amava a cidade, as pessoas. Lembrava desde o nome da secretária do prefeito até o da tia do seu açogueiro.
Aquela senhora, ela sim é exemplo de paulistana. Quantas vezes convivemos com pessoas das quais nem sabemos o nome? Ou pior, não temos o menor interesse em sabê-lo?
Na atualidade individual em que vivemos, esquecemos de ter interesse pelo próximo, esquecemos que nossa sociedade só possível graças a cada e única singular pessoa.


Texto escrito pela aluna Eliza Piragine Carvalho - 14/03/2012

Pior que tá não fica

Há uma grande participação dos fatos políticos em nossa vida. Ano de eleição, políticos posando para fotos, sorriso no rosto e muitas promessas, que acabam não sendo cumpridas. De que isso interfere em nossa vida? Eu ainda não tenho idade para votar, mas acompanho sempre as notícias e especialmente horário político, que geralmente provoca risadas e muitas polêmicas. Como por exemplo,  a fala do deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como o comediante Tiririca, que diz: "vote no Tiririca, pior do que tá não fica". Eu mesmo soltei risos ao assistir, mas a questão é que o povo não pensa antes de votar e tempos depois está com o "sapo na boca" por ter eleito um deputado federal apenas por suas palhaçadas, não que seja surpresa a palhaçada na política brasileira. O fato é que a política desorganizada e a corrupção no país é culpa também dessas pessoas hipócritas, até porque quem se deixa levar sendo corrompido também se torna corrupto. Que fique explícito então que, quem faz palhaçadas não são apenas os políticos, mas também os cidadãos que não cumprem sua parte.
Texto escrito pela aluna  Rebeca Gallego Verçosa - 14/03/2012

A saúde frágil de Ricardo Teixeira

Encerra-se um ciclo no dia 12 de março de 2012, após mais de 23 ano no poder, Ricardo Teixeira renuncia à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Após a conquista de duas Copas do Mundo (1994 e 2002), três Copas das Confederações (1997, 2005 e 2009) e cinco Copas Américas (1989, 1997, 1999, 2004 e 2007), um dos dirigentes do futebol mais vitoriosos do mundo usa como desculpa problemas de saúde para deixar o cargo.
Sempre é assim. Caro leitor, quantas vezes o senhor já simulou uma doença para faltar ao emprego, ou deixar de ir á escola? Mas este caso é mais sério. Acusado de inúmeras irregularidades, entre elas lavagem de dinheiro, ele diz, para sair como vítima, através de sua carta de renúncia: "Fiz, nestes anos, o que estava ao meu alcance, sacrificando a saúde, renunciando ao insubstituível convívio familiar". Diz também: "O espírito é forte, mas o corpo paga a conta. Me exige agora cuidar da saúde".
Fazer-se de "coitadinho" e inventar desculpas inverossímeis não é uma atitude muito madura para uma pessoa de 65 anos, que passou mais de um terço de sua vida manipulando o futebol brasileiro.
Mais patético que isso é a Rede Globo defendendo e elogiando Ricardo Teixeira e a Rede Record acusando e criticando. Cadê o jornalismo imparcial que as duas maiores emissoras de televisão do Brasil dizem ter?


Texto escrito pelo aluno Francisco Knapik Neto -  14/03/2012

sexta-feira, 9 de março de 2012